Descubra como o mercado de créditos de carbono oferece oportunidades sólidas de ganho ao unir lucro e preservação ambiental.
Créditos de carbono são certificados que representam a redução ou remoção de uma tonelada de CO₂ equivalente da atmosfera. Essa moeda global de clima surgiu para permitir que empresas e países compensassem emissões, financiando projetos ambientais.
Existem duas principais modalidades de negociação:
Em dezembro de 2024, foi aprovado o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), instituído pela Lei nº 15.042/2024 e regulamentado pelo Decreto 11.075. A implementação ocorrerá em cinco fases até 2029, incluindo progressivamente setores como indústria, transporte e agronegócio.
Trata-se de uma estruturação robusta, com infraestrutura nacional de registro e comercialização, buscando integração de regras e cotas alinhadas a padrões internacionais. O Brasil lidera uma coalizão global, negociando interoperabilidade com União Europeia, China e outros nove países, reforçando sua posição na governança climática mundial.
O mercado global de carbono alcançou US$ 949 bilhões em 2023 e deve ultrapassar US$ 1 trilhão em 2025, chegando a impressionantes US$ 2,68 trilhões em 2028. O Brasil pode capturar entre 10% e 15% desse montante, equivalente a potencial de US$ 120 bilhões/ano, graças à extensa vegetação nativa que cobre 66% do território.
A geração de créditos no Brasil baseia-se em diferentes frentes:
Grandes players como Petrobrás e BNDES investem em projetos na Amazônia, impulsionando o mercado interno e gerando créditos de alta qualidade.
A demanda por transparência, segurança jurídica e certificação tornou-se essencial. O mercado exige o uso de ferramentas avançadas, como blockchain, para garantir rastreabilidade digital com blockchain seguro e evitar fraudes.
Certificações independentes e padrões voluntários são pré-requisitos para projetos elegíveis ao financiamento do BNDES e ao acesso internacional. O processo de MRV (Monitoramento, Reporte e Verificação) é fundamental para comprovar a integridade dos créditos e evitar greenwashing.
Entre 2015 e 2023, o mercado voluntário brasileiro sofreu queda de 89% na emissão de créditos, motivada por dúvidas sobre qualidade e governança. No entanto, a recente legislação e o SBCE trazem perspectivas de recuperação sólida.
Os principais desafios incluem:
A COP30, realizada em Belém, foi um divisor de águas, conferindo ao Brasil liderança global na agenda climática e reforçando sua influência nas negociações multilaterais.
Para aproveitar ao máximo esse mercado promissor, siga estas estratégias práticas:
Além do retorno financeiro, o mercado de créditos de carbono promove benefícios sociais e ambientais, tais como a preservação de ecossistemas, geração de empregos rurais e fortalecimento de comunidades locais.
O cenário brasileiro aponta para uma trajetória de expansão e consolidação, situando o país como o 7º maior gerador mundial, com 4,6 milhões de toneladas de CO₂e em 2025. Com a consolidação de normas e tecnologias, o Brasil tem potencial para dobrar esse volume até 2030.
Em síntese, créditos de carbono representam uma verdadeira ponte entre sustentabilidade e lucro. Ao unir inovação tecnológica, forte base legal e riquezas naturais incomparáveis, o Brasil está pronto para colher os frutos desse mercado em rápida expansão.
Referências