O Brasil vive uma verdadeira revolução no setor energético em 2025, impulsionada pelocrescimento acelerado da geração distribuídae pela busca por mais autonomia. Atualmente, sistemas solares fotovoltaicos despontam como alternativa estratégica para residências, empresas e produtores rurais, trazendo não apenas economia, mas também um propósito sustentável.
Em meio a políticas de incentivo e pressões por descarbonização, o autoconsumo de energia torna-se ferramenta poderosa para quem deseja reduzir despesas e elevar a competitividade. Este artigo explora dados, tendências e benefícios, oferecendo um panorama completo sobre como adotar essa estratégia.
O consumo de energia elétrica no primeiro trimestre de 2025 atingiu 144.186 GWh, um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024. Março marcou recorde histórico com 49.190 GWh consumidos em um único mês, refletindo a retomada econômica e o uso intensivo de equipamentos elétricos.
Setores chave apresentaram alta significativa: o residencial cresceu 3,4% (47.822 GWh), a indústria 2,5% (48.575 GWh) e o comércio registrou pequena variação positiva de 0,1% (27.073 GWh). No âmbito regional, o Sul liderou com +3,4%, seguido pelo Norte (+2,5%), Sudeste (+2,1%), Nordeste (+0,9%) e Centro-Oeste (+0,7%).
No primeiro trimestre de 2025, foram contabilizadas 298 mil novas unidades consumidoras de geração distribuída (GD), com 195 mil sistemas fotovoltaicos instalados, adicionando 2,15 GW de capacidade. A potência acumulada da GD chegou a 38,44 GW, somando 3,4 milhões de sistemas conectados e mais de 5 milhões de consumidores beneficiados.
A distribuição por classe de consumo revela a predominância residencial, com 240 mil novas conexões (80% do total), seguida pelo setor comercial (33 mil), rural (20 mil) e industrial (3 mil). Esses números evidenciam aexpansão sem precedentes da energia solarem diferentes frentes.
Para cada perfil de consumo, o autoconsumo proporciona ganhos expressivos. Residências obtêm economia de até 90% na fatura; empresas aprimoram margens operacionais; produtores rurais garantem abastecimento em áreas remotas.
O setor de energia solar empregará aproximadamente 396,5 mil novos profissionais em 2025, promovendo inclusão e formação técnica. Os investimentos devem alcançar R$ 39,4 bilhões, movimentando toda a cadeia produtiva, desde fabricantes de painéis até instaladores e manutenção.
A descentralização da matriz elétrica fortalece a participação do consumidor como gerador ativo, diminuindo a dependência de fontes fósseis. Com isso, consolida-se um cenário de maior resiliência e segurança energética para o país.
A expectativa é adicionar mais de 13,2 GW de nova capacidade em GD até o final de 2025, aproximando-se da potência do parque termelétrico (48,885 GW). No entanto, a desaceleração no segundo semestre, com crescimento de apenas 12,78% no primeiro semestre, sinaliza desafios.
Entre os fatores de contenção estão a elevação dos juros e o aumento do imposto de importação de placas solares de 9,6% para 25%, impactando custos de equipamentos e prazos de retorno do investimento.
Os dados reforçam a liderança de São Paulo e o crescimento marcado no Centro-Oeste, com cidades rurais e metropolitanas adotando o modelo de autoconsumo.
Em 2024, as fontes renováveis corresponderam a 50% da matriz energética brasileira, o maior percentual desde 1990. Esse desempenho supera a média mundial (14,3%) e da OCDE (13,2%). Dentre elas, a energia solar avançou 33,2%, a eólica 12,4% e a biomassa apresentou expansão com biodiesel e licor negro.
Apesar do leve aumento de 0,5% nas fontes fósseis, com petróleo e derivados representando 34% da oferta interna, o ritmo de transição segue acelerado, impulsionado por políticas de incentivo e redução de custos em tecnologia solar.
As perdas em geração, transmissão e transformação respondem por mais de 90% do total no país. Estima-se que centrais elétricas, redes de transmissão e distribuição sejam responsáveis pela maior fatia dessas perdas, exigindo investimentos em eficiência e modernização.
O autoconsumo atua como mitigador dessas perdas, ao gerar energia próxima ao ponto de uso, reduzindo a necessidade de longos trajetos pela rede e diminuindo desperdícios.
O autoconsumo de energia solar representa, hoje, uma estratégia essencial para reduzir custos e aumentar margens em diversos segmentos. Com dados robustos e benefícios comprovados, a adoção dessa tecnologia proporciona ganhos financeiros, independência e impacto ambiental positivo.
Investir em autoconsumo é plantar as bases de um futuro sustentável e resiliente, fortalecendo tanto o bolso quanto o meio ambiente. Chegou o momento de aproveitar essa onda de inovação e se tornar protagonista da transformação energética no Brasil.
Referências